Governador alerta que desemprego "é estrutural e não absorvível"

O governador do Banco de Portugal expressou esta sexta-feira "a maior das preocupações" com o "desemprego elevado" que haverá em Portugal no pós-troika, porque "é estrutural e não absorvível".
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"É preciso coesão social" para "conseguir gerir" esse nível de desemprego, alertou Carlos Costa, frisando que a sua redução será pouco significativa mesmo que a "retoma notável" com "taxas de crescimento da ordem dos 8%" nas exportações.

O governador do Banco de Portugal intervinha no Encontro de Economistas organizado pelo Presidente da República no Palácio de Belém, como "contributo para um debate que importa aprofundar" sobre o período posterior a junho de 2014.

Carlos Costa manifestou a "maior das preocupações" com os valores da dívida pública e do desemprego por serem "duas realidade que conflituam entre si".

"O nível de endividamento externo limita os graus de liberdade [dos portugueses] em matéria de política económica", sendo imperioso ter uma "rede de segurança" social para apoiar os mais desfavorecidos, insistiu Carlos Costa.

"Temos enriquecer o diálogo" entre os parceiros sociais e ser realista na "distribuição equitativa" dos rendimentos entre todos, referiu Carlos Costa, adiantando que, sobre este problema, "temos de aprender com países como a Bélgica e Finlândia".

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